Nível de Inglês Fluente ou Nível de Proficiência?

Como nivelador linguístico oficial para diversas empresas, muito comumente me deparo com currículos onde definições como inglês fluente, inglês avançado ou inglês intermediário são utilizados, algumas vezes de forma leviana.
Mas afinal, o que esses termos significam e como utilizá-los da forma correta?

Na década de 90, com o boom de escolas de idiomas, era comum separar os níveis linguísticos como Iniciantes, Intermediários e Avançados. Porém, isso trouxe uma grande confusão quando alunos de uma escola eram definidos como “avançado” e em outra “intermediário”, mostrando claramente uma ausência de padronização. Para remediar essa situação, algumas universidades na Europa criaram o CEFR, ou Common European Framework, que hoje é reconhecido e utilizado mundialmente.

Em um resumo, o CEFR é dividido em três níveis:

A – Iniciante;

B – Intermediário, e;

C – Proficiente.

Nota-se que não é utilizado o nível “Fluente”. Cada nível é dividido em dois subníveis, que são A1, A2 – B1, B2 e C1, C2.

Enquanto uma explicação mais detalhada sobre cada nível seria uma postagem para nerds linguistas (como o autor), uma simplificação é que A2 conseguiria participar de reuniões e eventos internacionais, em sua maior parte como ouvinte, porém pode ter participações como locutor desde que dentro de sua área de atuação, com algumas dificuldades.

A partir do nível B1, o participante consegue atuar como locutor tendo mais facilidade para compreender e ser compreendido. Por isso, é considerado independente.

Se B2 é o que muitos consideram “fluente”, então C1 é fluência com maior nuance e compreensão. No C1, a compreensão/aplicação de piadas sutis do idioma e se expressar com frases requintadas por exemplo, é uma habilidade dentro das expectativas. No nível C1, o vocabulário funcional deve atingir cerca de 8.000 palavras, quase duas vezes mais do B2.

Mas afinal, o que devo colocar em meu currículo?

Se seu nível for A1 ou A2 e estiver fazendo aulas, é importante colocar a observação que está buscando o desenvolvimento linguístico nesse momento. Seria interessante alinhar com a equipe pedagógica de sua escola quanto tempo levará para alcançar o nível B1.

Mantenha em mente que existe uma média de tempo para alcançar os próximos níveis, porém é diretamente atrelado à rotina, tempo de prática e contato com o idioma, podendo acelerar (ou desacelerar) o processo.

Caso seu nível seja B1 ou melhor (B2, C1 ou C2), ao invés de colocar inglês intermediário, é melhor descrever como Nível de Proficiência B1 ou Nível Pré-Avançado.

Para B2, pode-se colocar Inglês Avançado, para diferenciar-se do “inglês fluente”.

Existe um debate interminável entre linguistas em relação a fluência. Muitos preferem o termo proficiência, acolhendo o CEFR como base, enquanto outros defendem que a partir do nível B2, o termo “fluente” pode ser utilizado.

De qualquer forma, ao utilizar termos como A1/A2 – Iniciante, B1/B2 – Independente e C1/C2 – Proficiente, você demonstra ter maior conhecimento sobre seu nível linguístico e deverá chamar mais a atenção de recrutadores. Para aquele toque final, além de colocar o seu nível e definição do mesmo, fique à vontade para utilizar a sigla CEFR, por exemplo:

Nível B2 – Independente (CEFR)

A demonstração de conhecimento do CEFR será um ponto positivo aos olhos de um recrutador.

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